Qual é a tua missão?
Coloco esta questão internamente de tempos a tempos para me relembrar o que ando para aqui (no mundo) a fazer. Ao cruzar caminhos com outras pessoas que procuram a sua fui escutando outra versão desta mesma pergunta na forma de "qual é o teu propósito?".
Eu vou achando o meu a cada passo que dou no sentido de ir mais ao encontro dos meus valores, do que na verdade defendo ser o certo contra o errado. A minha e provavelmente a tua missão não se encontra por acaso, mas muito provavelmente por uma série deles que mais tarde se vai descobrir que de acasos e coincidências tiveram pouco.
Já deves ter escutado mil vezes, ou então a partir de agora vais ouvir, que tu és o conjunto das tuas escolhas, dos teus "ses", dos teus erros e claro, das tuas conquistas. Tu és tu e esse é o teu maior super poder.
A minha missão (ou parte dela) na vida é a de não viver com os olhos pregados no chão, com ouvidos tapados de cera ou de "diz que disse", de pernas e mãos atadas pelo conformismo. O meu propósito com isto é poder colaborar com tod@s @s que se cruzam comigo de modo a tornarem-se mais e melhor, com isto em retorno eu aprendo a ser a minha melhor versão na mesma medida.
Foi por esta missão que trago no peito e no cérebro que tomei muitas opções: a de me envolver na atividade política como forma de participação cívica e de perceber como a sociedade se rege; a de estudar e viver fora do meu país durante um ano num país com cultura e tradições distintas, a Turquia; a de me desafiar a aprender com outr@s sobre empreendedorismo social e em conjunto fazer um projeto para São Tomé; a de continuar envolvida em associações sem fins lucrativos através do voluntariado, da minha tese de mestrado e até trabalhando profissionalmente com causas que focam diferentes problemáticas sociais e beneficiári@s distint@s (i.e. pessoas em situação de sem abrigo; jovens e adultos em contextos desfavorecidos; pessoas com necessidades educativas especiais; idos@s; capacitação de empreendedor@s sociais; abolição da pena de morte e defesa dos Direitos Humanos, etc).
Eu não pretendo salvar o mundo, ser uma super heroína e achar-me mais do que @s outr@s. O que eu ambiciono é que cada pessoa possa dar a oportunidade a si próprio de ver no outr@ um bocadinho de si e como tal sair da sua redoma e dignar-se a ser e fazer feliz o mundo. Não me chamem idealista, para mim isto é uma realidade, basta que façamos por isso. Eu estou a fazer a minha parte.
Posto isto e porque já deves estar fart@ desta minha visão inicial eis que revelo qual o meu próximo desafio e de como tenciono ir partilhando aqui numa espécie de diário de bordo mas tendo sempre como base que a "mudança pode estar a uma história e lições de vida de distância":
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Vou utilizar as minhas férias do trabalho para ir em missão sozinha para a Grécia fazer voluntariado com refugiados. Procurei pelas várias organizações sem fins lucrativos que ainda se encontram nos campos e revi-me na missão da associação norueguesa " Dråpen i Havet" (i.e. Uma gota no oceano). Vou ficar no campo de Skaramangas em Atenas, perto do porto de Piraeus onde estão 2624 refugiados e migrantes de 28 países distintos (e.g. Síria, Iraque, Afeganistão, Irão, Kuwait, Líbano, Palestina, Argélia, Burundi, Congo, Egito, entre outros) que vivem em cerca de 403 contentores adaptados. Entre a população do campo estão 400 crianças.
De acordo com dados oficiais do governo Grego existem 74,350 requerentes de asilo e refugiados no país, dos quais 59,350 estão no continente e os restantes nas ilhas o Egeu Oriental (e.g. Lesbos, Samos, Moria). Dos que estão no continente cerca de 25,000 estão em apartamentos, 6,400 em 56 pequenos hotéis em vários pontos do país e os restantes a viver num dos 26 campos (fonte: ekathimerini.com).
Mais detalhes sobre a minha viagem e missão vou partilhando a partir de Agosto aqui no site (subscreve a nossa newsletter), na nossa comunidade online e nas redes sociais (Facebook, Instagram, LinkedIn). Sente-te à vontade para me seguires e ao Solo Adventures.
Boas Aventuras,