Foi em novembro de 2020 que surgiu pela primeira vez o conceito de “fadiga pandémica”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou um conjunto de orientações para revigorar os esforços dos Estados Membros na luta contra a evolução da Covid-19, face aos sinais reportados que apontavam para a desmotivação das populações para seguir as recomendações das autoridades de saúde.
Afinal, o que é a fadiga pandémica?
De acordo com a Ordem dos Psicólogos:
«a “fadiga da pandemia” refere-se a um sentimento de sobrecarga, por nos mantermos constantemente vigilantes, e de cansaço, por obedecermos a restrições e alterações na nossa vida.»
A fadiga pandémica é uma resposta natural e expectável face a uma crise de saúde pública prolongada. Emerge gradualmente ao longo do tempo e é afetada por uma série de emoções, experiências e perceções.
O impacto sente-se em todas as gerações, desde os mais novos aos mais velhos.
O que causou a fadiga pandémica?
Medo. Ansiedade. Preocupação. Angústia.
Todas são respostas emocionais normais quando o indivíduo se encontra perante uma ameaça real ou eminente, como a exposição a um elevado nível de incerteza.
Também a constante divulgação dos números associados à Covid-19 e a mediatização em torno da pandemia contribuíram para este sentimento.
Quais os riscos da fadiga pandémica?
A indiferença é um dos principais riscos.
Já nos habituámos a conviver com esta doença silenciosa, com as medidas de proteção e de higiene e com as alterações constantes às restrições.
Desta forma, a nossa perceção de risco diminui e aquilo que antes nos mantinha hipervigilantes, assume agora o estado de “novo normal” levando-nos a baixar a guarda.
O agravamento da saúde mental é outra das consequências da fadiga pandémica.
De acordo com a Ordem dos Psicólogos “há estimativas que prevêem que entre 20% a 30% das pessoas sofram com o impacto psicológico da pandemia”.
Stress, ansiedade e depressão são alguns dos problemas de saúde psicológica apontados como resultantes da crise pandémica e socioeconómica que vivemos.
E em relação aos portugueses?
No seguimento do relatório publicado pela OMS, o ISPA – Instituto Universitário desenvolveu uma investigação através do projeto PsiQuaren10 (um projeto de apoio psicossocial em tempos de quarentena) cujo objetivo foi estudar a fadiga pandémica nos portugueses.
O estudo, que contou com uma amostra de 1854 indivíduos, revelou que:
“Mais de 80% dos inquiridos apresentam níveis de fadiga relacionada com a situação pandémica de nível moderado a severo”.
Como gerir a fadiga pandémica?
É importante não baixar os braços, nem descurar os comportamentos de proteção e higiene, sendo responsáveis por nós e por todos aqueles que nos rodeiam.
Para isso, existem algumas estratégias que podemos adotar para combater este estado de cansaço, indiferença e apatia de forma a recuperar o sentido de controlo e de previsibilidade nas nossas vidas.
Para conheceres estas estratégias, sugerimos que leias o artigo completo fazendo download da nova publicação aqui.
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