Desde cedo que nos são incutidos os bons hábitos alimentares e a importância de possuir uma alimentação variada e saudável, mas até que ponto estamos cientes do seu impacto na saúde mental?
Para melhor compreender esta temática, basta perceber que tudo aquilo que comemos terá influência no nosso cérebro e no seu funcionamento, repercutindo-se na forma como percecionamos o que nos rodeia e o nosso estado emocional. Ora, uma alimentação equilibrada proporciona-nos maior qualidade de vida e bem-estar, principalmente quando aliada a hábitos de vida também eles saudáveis.
Mas afinal, o que é uma alimentação saudável?
De forma simplificada, é uma alimentação que se caracteriza pela variedade de alimentos, pelo consumo adequado de água, frutas e legumes (preferencialmente de produção local e da época). Deve igualmente priorizar-se o consumo de alimentos de origem vegetal em detrimento dos alimentos de origem animal, e também dar destaque ao azeite enquanto fonte de gordura.
Uma prática fundamental consiste na redução do consumo de açúcares refinados, já que estes influenciam negativamente a forma como o nosso organismo regula os níveis de insulina, podendo também contribuir para o agravamento de sintomas associados a distúrbios de humor, como a depressão e ansiedade.
Também o facto de fazermos as refeições longe da televisão ou possíveis distrações é relevante, uma vez que leva a que comamos mais por não termos noção da quantidade que estamos a consumir: uma refeição ideal deve ser feita de forma consciente e atenta. Além disso, também se deve ter em atenção a mastigação rápida, evitando-a e permitindo auxiliar a posterior digestão.
A variedade no consumo irá assegurar que ingerimos todos os nutrientes necessários para nos mantermos saudáveis. Assim, estaremos a contribuir para a melhoria das funções cerebrais, cognitivas, níveis de energia e para o bom funcionamento geral do nosso organismo. O nosso bem-estar estará potencializado, melhorando o nosso humor, a nossa energia, memória, raciocínio e atenção, fundamentais no dia a dia.
Por outro lado, uma alimentação desequilibrada poderá estar associada a fadiga, défice de atenção e menor capacidade de raciocínio.
Contudo, importa ressalvar que uma alimentação, embora rica e variada, não substitui acompanhamento psicológico, nem medicação prescrita. Pese embora a sua importância seja indiscutível, a alimentação não se traduz na cura para transtornos neurológicos e psicológicos.
Vemo-nos no próximo nível?

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