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Sonhadores que se tornaram prática - apoia projetos de vida

Há dias em que o mundo parece um lugar maior — não porque se expande, mas porque cabe nele mais esperança. O dia 26 de outubro foi um desses dias!


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De Moçambique a São Tomé e Príncipe, passando por Portugal, ligaram-se vozes, sorrisos e sonhos. Uns em ecrãs, outros em corações. Uns com a internet a falhar, outros com a luz a apagar — mas todos com a mesma vontade: a de não desistir e persistir os sonhos.


Foi um encontro de caminhos e propósitos. De esperança e emoção. De mulheres que fazem da coragem o seu negócio, de jovens que acreditam que o futuro começa com as próprias mãos, e de voluntários que emprestam tempo, alma e saber a quem quer recomeçar.


Houve projetos que nasceram do zero e outros que renasceram do quase nada. Ideias que ganharam forma, nome e rosto. Houve lágrimas, riso e um mesmo sentimento a unir todos: o de que a mudança é possível quando se sonha em conjunto.


Foram apresentados sonhos que se tornaram planos — hortas comunitárias, centros de educação ambiental, escolas digitais, livros sobre plantas medicinais e pequenas empresas com grandes corações. Cada história lembrou-nos que o desenvolvimento começa onde alguém acredita que pode fazer diferente.



E no meio de cada ligação instável, de cada ecrã que congelava, a esperança manteve-se firme até ao fim. Porque o que verdadeiramente liga o programa Sonhadores Praticantes não são cabos de internet — são pessoas. Pessoas que se levantam cedo para ensinar.

Que inventam soluções onde falta tudo. Que acreditam que um projeto pode transformar uma vida — e que uma vida pode transformar uma comunidade inteira. No fim, ficou a certeza de que ser sonhador não é viver nas nuvens. É pôr as mãos na terra. É fazer acontecer. É acreditar. Sempre. E que, quando os sonhos encontram prática, o mundo torna-se um lugar mais bonito de habitar.


O Programa Sonhadores Praticantes mostrou, uma vez mais, que a força das pessoas ultrapassa fronteiras, horários e dificuldades técnicas. Que basta uma ideia — e alguém que acredite nela — para o impossível começar a ganhar forma.


Nesta primeira edição para Moçambique e terceira edição para São Tomé, mais de 20 mentorados cruzaram histórias e caminhos. Cada um com um projeto, um propósito e uma vida inteira por transformar:


  • A Ita, em São Tomé, quer apenas uma vitrine e uma panela maior para continuar a fazer os bolos que sustentam os cinco filhos.

  • A Tia Nanda sonha editar um livro sobre plantas medicinais, para que o conhecimento ancestral não morra com o tempo.

  • A Jamila quer abrir um pequeno mercado, não por ambição, mas porque acredita que dignidade também se vende ao quilo — e se multiplica quando há trabalho.

  • O Abudo, em Moçambique, ensina sustentabilidade e sonha com um mundo onde o lixo é reaproveitado e as ideias florescem.

  • O Elídio quer criar tilápias e alimentar a comunidade com o que o rio tem de melhor.

  • A Elisabete acredita que uma escola virtual pode ser o primeiro passo para combater a exclusão digital.

  • A Emília planta hortas escolares para que as crianças aprendam o que é cuidar, nutrir e partilhar.

  • E há tantos outros — Dionísia, Emerson, Eduardo, Francisco José, René, Piaget, Marcos, Betty, Juca, Faruk — cada um com um sonho que já não cabe só no papel. Cada um provou que os sonhos podem ser reais.


Foram meses de partilha, formação e mentoria, renovação de esperança e aprendizagem, entrelaçadas por voluntários que deram tempo, alma e escuta. Pessoas que acreditam que mudar o mundo é possível — desde que se comece por uma pessoa de cada vez.


A fundadora, Joana Feliciano, lembrou-nos que o propósito maior do projeto é criar uma comunidade de sonhadores que não param de praticar.

Que caem e recomeçam.

Que trocam e aprendem.

Que inspiram.


Hoje, há uma rede viva de mais de 50 voluntários, dezenas de mentores e uma equipa que garante que os sonhos não fiquem por sonhar. Que se tornem realidade. Aos poucos e poucos.


Há também uma nova meta: criar sustentabilidade - através de associados, doadores e parcerias - para que cada projeto continue a crescer com raízes e asas.


Entre cortes de energia, ligações que caem e vozes que se perdem no ecrã, ficou o essencial: a vontade de continuar. A certeza que vale a pena sonhar!


Porque onde há um sonho, há sempre um caminho. E se há algo que o Programa Sonhadores Praticantes nos ensinou é que ninguém muda o mundo sozinho —mas quando muitos acreditam juntos, o mundo muda mesmo.



 

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Comunidade de Sonhadores Praticantes.
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