Maria Rita vivia na ânsia de ter aquilo que não tinha e não era.
Todos os dias passava pela rua da saudade a maldiçoar a sorte que não tinha.
Vivia sem viver. Passava os dias em correrias para sentir a utilidade da sua pessoa.
Fazia favores em troca de amigos.
Coleccionava recortes de frases feitas e imagens do seu quotidiano.
Maria Rita queria amar sem ser amada. Pedia perdão sem esperar pela absolvição.
De nome conhecia meio mundo, de toque... ninguém.
Maria de nome e Rita de coração, vivia no impasse de viver. Perdida entre banalidades, cafés e cigarros.
Maria Rita queria ser ela própria, mas escolheu ser como outra qualquer – porque a normalidade de ser é mais apreciada do que a excentricidade de ser única por ela própria.
- Escrevi este texto no meu minúsculo quarto num prédio típico na Mouraria. De seguida publiquei-o nesse mês de Março de 2013 no meu antigo blog de muitos anos, "A Cisma". Hoje tiro-o da gaveta digital para partilhá-lo contigo.
Espero que gostes.
Há muitas Marias e Manueis por aí. O que achas?
Boas Aventuras,
Solo Adventurer Joana
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