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Crítica ao livro “Don’t hold my head down" de Lucy-Anne Holmes


Lucy-Anne Holmes, autora britânica responsável pelo movimento de abolição de raparigas em topless na página 3 do The Sun, escreveu o livro de todas as raparigas e mulheres. A cada página, o despertar de uma semelhança, um "afinal não sou a única" proclamado com espanto, um novo olhar ao espelho, uma nova vontade do olhar do outro.



Traz ao de cima aquilo que queremos, mostra-nos a necessidade de bater o pé e de nos fazermos valer, traz o desejo por uma revolução do próprio desejo que nos move...a nós e ao outro. Desmistifica tabus, construções sociais, ideias criadas por uma educação por vezes madrasta, por uma indústria pornográfica patriarcal e, até mesmo, pelas páginas dos jornais. Traz simplicidade ao universo complexo e plural que é o sexo. Mas mete em cima da mesa, principalmente, a urgência em saber o que queremos, em dizer que não e em consentir e aguardar consentimento. Ou não tivéssemos todas nós, a dado momento das nossas vidas, assumido que certo comportamento era normal quando não o era. É um livro sobre sexo, sobre os vários tipos de orgasmo que existem, sobre masturbação e muito mais, mas é acima de tudo um livro sobre a importância de nos conhecermos a nós mesmas sem pudor e vergonha. Só temos um corpo e uma mente. Só os conhecendo a fundo saberemos levá-los na direção certa, da forma mais saudável e prazerosa possível. Para recomendar a todas as amigas.



Joana Firmino Ribeiro



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