Um poema que marca um momento. Um poema que pode ser visto. Um poema que faz parte da história do presente e um poema que traz esperança num futuro mais justo e corajoso. Um poema que não podia deixar de ser um livro do princípio ao fim.
Amanda Gorman é a poeta mais jovem de sempre na cerimónia inaugural de um novo mandato presidencial nos Estados Unidos da América. Lido a 20 de Janeiro de 2021 na tomada de posse do Presidente Joseph R. Biden, este pequeno grande poema tornou-se numa ode a um futuro mais corajoso e teve eco no país e no mundo inteiro.
Do poema fez-se um livro, que dispensava bem a introdução de Oprah Winfrey na minha opinião, porque força e voz já a autora tem. Mas torna maior o seu alcance e faz com que chegue a todos os cantos do mundo. Eu li a versão em inglês, mas esta semana numa livraria em Lisboa encontrei a versão portuguesa, que deixo aqui para todos e todas.
É um livro que nos traz reflexão sobre os anos turbulentos e sinistros que passaram (“we’ve learned that quiet isn’t always peace”), que reforça a importância de abraçar as diferenças (“to put our future first, we must first put our differences aside”), que traz à luz do dia três palavras a ter em mente para um futuro melhor - reconstruir, reconciliar, recuperar. Não, não é um discurso novo, como li em muitos comentários por esta Internet fora, mas se há discurso que não devemos perder de vista é o da empatia e da inspiração, por isso não vem mal nenhum ao mundo lê-lo ou ouvi-lo mais uma vez. E outra.
Enche-nos de coragem, consola-nos até certo ponto e inspira-nos para tomarmos ação para o que aí vem. Para tomarmos as rédeas daquilo que é nosso, do nosso país seja ele qual for e, principalmente, do nosso futuro. Para subirmos a colina do que fomos até chegarmos ao para onde vamos.
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