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Solo Adventurer Joana & Carlos

Carlos Coelho, o sem idade das ultras maratonas

Atualizado: 27 de jun. de 2021


Imagina-te quase na casa dos 60 anos - se já lá estás ou vais mais à frente esta tarefa vai ser fácil para ti. Agora pensa onde gostarias de estar, o que querias ter conquistado e o que ainda te faltaria alcançar. Já está? Então e, se todos dias, meses, anos tivesses novos caminhos para percorrer porque também te desafias a passar metas cada vez mais difíceis para o teu corpo e mente? Não consegues? Então tens mesmo de conhecer o Carlos. Depois disso ficas proibido/a de arranjar desculpas. Estás tramado/a. Vais ter mesmo que viver!

Sinopse de como nos conhecemos

Se não te lembras da Xana Magalhães faz o favor a ti próprio de conhecer a sua história, pois foi ela a culpada de eu chegar até ao Carlos. Este projeto só funciona se houver colaboração, networking e passa a palavra.

Sinopse sobre o Carlos Coelho

Muitas pessoas sofrem de "desculpite" como David J. Scwartz mencionava no seu livro "A Magia de Pensar em Grande", usam desculpas de vários níveis como justificação à falta de iniciativa para arriscar nos seus sonhos. Uma das mais graves é a desculpite pela idade - ora se é demasiado jovem ou muito velho... Contudo, para o Carlos não existem desculpas, existe determinação.

Nasceu na cidade Luanda, a capital Angolana em 1960 e muitas voltas a vida deu porque hoje vive na zona de Cascais e leva de cada parte do mundo um pedaço na sola.

Atualmente é o osteopata no Grupo Dramático e Sportivo de Cascais onde trabalha com atletas e onde apostou numa criosauna (i.e. terapia com frio que chega aos -200º) para recuperação muscular, atenuação de dores - muito ao estilo do nosso Cristiano Ronaldo.

Mas para te contar a história de como o Carlos se tornou na pessoa que é hoje vais ter de recuar uns anos atrás.

Em 1986 abriu "no Estoril a primeira pizzaria de entregas ao domicilio em Portugal" o crescimento foi tomando conta da sua vida e abriu mais duas. Com a expansão veio o stress que lhe começou a prejudicar a saúde, de tal forma que a sua médica o aconselhou a fazer algo "muito fácil". O remédio estava ao alcance do Carlos, mas a decisão assustava: tinha de mudar de vida.

Ele não se faz de forte ao reviver a história"não foi fácil, com filhos pequenos, empréstimo de casa para pagar mas, não tive dúvidas em que era a altura certa de mudar. Aos 38 anos fiz uma reengenharia de vida e mudei radicalmente de profissão, vendi a empresa, voltei a estudar, diplomei-me 3 anos depois em Osteopatia".

Ora bem, tu que estás a ler...tens quantos anos?

Não interessa se ainda não chegaste aos 38, se já os tens ou vais mais à frente no caminho. A mudança está à distância da tua tomada de consciência, certeza e decisão. Ninguém muda de vida e/ou de hábitos se ficar pelo desejo e a deambular entre pensamentos de derrota e triunfo. Mas esta história não é minha, no entanto a lição da história do Carlos é clara e inegável.

Não te vás já embora porque não acabou. 38 anos, mudança de vida,filhos pequenos, voltar a estudar, começar do zero... bem, acharíamos que já era o suficiente, certo?

Claro que não. A sede de viver não se sacia de uma vez.

Por volta dos 30 anos a ideia de fazer maratonas começou a ser semeada: "aos 30 e poucos anos a falar com um amigo, que me garantia que a partir dos 30 anos a barriguinha era inevitável, apostei que comigo não e que aos 50 anos havia de correr uma maratona". Os anos foram passando e aos "49 só corria no máximo 7 km uma vez por outra mas, decidi que havia de vencer a aposta, fiz então aos cinquenta anos a minha primeira maratona. Escolhi a mais difícil, que é uma pequena ultra maratona de 43 km em areia da praia, de Melides a Tróia, convencido que a partir daí não haveria de correr mais nenhuma. Poucos meses depois ao ouvir falar da maratona Des Sables no deserto do Saara, 250 km em 5 etapas em autonomia total, equivalente a perto de 6 maratonas seguidas. Fiquei fascinado e já com 53 anos consegui o 289 lugar entre 1300 atletas de mais de 40 países".

Algumas das suas aventuras:

Não há como acharmos que o Carlos ficasse por ali: "não parei, já fiz mais 11 ultras em autonomia em 4 continentes e em cenários muito diferentes: desertos, selvas, pântanos, fiordes, montanhas, lagos congelados, neve, etc". Partilhou o mesmo espaço que "piranhas, enguias eléctricas, cobras de água e crocodilos", dormiu em redes montadas nas árvores e esteve na presença de uma onça que lhe meteu respeito"sabia que tinha sido avistada uma onça naquele trilho poucas horas antes, senti o cheiro forte a urina e quando ouvi o rugido seco nas minhas costas, apesar de ter uma GoPro no peito, não tive coragem para me virar temendo que a onça ao olhar-me nos olhos visse que eu estava cheio de medo. Usei o que aprendi na formação sobre selva, berrei bem alto abri os braços para parecer maior e desatei a correu selva dentro. Portanto não enfrentei, apenas fugi com grande estilo".

Como não lhe bastasse a responsabilidade das missões que leva consigo também carrega causas socias, apadrinhando organizações sem fins lucrativos obtendo donativos por cada Km que faz, uma das últimas foi a "Correr & Socorrer" na "Ultra Jungle" de 230 km na selva amazónica do Peru.

Muitas conquistas aqui mencionadas, mas também muita coragem de se manter pelos seus valores. Abandonarias uma prova a meio porque não podes tolerar injustiças? Ainda existem pessoas para as quais a vitória não tem o mesmo sabor se não existir igualdade de oportunidades. O Carlos é uma dessas pessoas.

Nada melhor do que viajares um pouco com o Carlos e pelas suas maratonas. Clica em cada foto e lê a sua partilha de experiência,a sua capacidade de mover montanhas físicas e mentais.

 

Lições de Vida na primeira pessoa

-do Carlos para nós-

1. Nunca é tarde de mais, nem tão difícil como parece.

2. Nada na vida é eterno, tanto os momentos bons como os maus sempre passam. Nos maus resistimos, nos bons desfrutamos e avançamos... Acredito sempre nisto também nas provas.

3. Quanto mais viajas e conheces outros povos, outras culturas e realidades, mais a certeza tens que apesar de parecermos tão diferentes, somos todos iguais... Apenas seres humanos com sonhos por realizar, com uma grande necessidade de ser amado e um enorme desejo de amar. Queremos todos apenas ser felizes.

4.Quando era jovem quase que me sentia fraco por nunca conseguir odiar, felizmente a vida ensinou-me que só os fracos ficam agarradas ao ódio, os fortes seguem em frente.

5.Verdadeiramente nunca conheces as pessoas quando entram na tua vida, vais conhecendo durante mas, na realidade só conheces quando saem.

 



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Boas Aventuras,

Solo Adventurers Joana & Carlos Coelho

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