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Sebastião, as lições de quem escuta com os olhos e vê mais

Atualizado: 27 de jun. de 2021


Há quem se escute melhor quando a vida assim obriga, o Sebastião aprendeu da forma mais difícil, por experiência própria. Qual seria o teu propósito se sentisses que tudo o que parece um dado adquirido para as outras pessoas fosse para ti uma bênção e significasse trabalho extra? Conseguirias reaprender a viver? Não te sentirias frustad@? E estarias dispost@ a colocar a tua vida ao serviço de ti e d@s outr@s? Usa o que tens e aprende a ser um(a) agente de mudança, esta história e lições vão mostrar-te como pode ser possível.

Sinopse de como nos conhecemos

O Sebastião candidatou-se em 2017 ao programa Spirit da ONGD WACT - We Are Changing Together onde eu estava na equipa de direção e na mentoria do projeto Incubação. Acompanhei o seu empenho e trabalho, mesmo que com alguma distância, desde esse momento. Recordo-me como fosse hoje da apresentação em jeito de pitch que fez do seu projeto Bámu Dá Mon na FNAC do Centro Colombo antes de ir para terreno. Espetacular! Ainda mal eu sabia que o mais incrível ainda estava para vir...

Sinopse sobre o Sebastião Palha

O Sebastião Pereira Palha é como qualquer homem e jovem, mas tem algo um pouco mais desenvolvido do que algumas pessoas: a sua veia de agente de mudança. Tem como sonho "ser changemaker todos os dias", acho que está a fazer um bom trabalho em ser Sonhador Praticante como aqui no Solo Adventures gostamos de apelidar.

Tem como inspiração a Madre Teresa de Calcutá e como mantra diário a seguinte oração: "Concede-me, senhor, serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar aquelas que posso e sabedoria para distinguir umas das outras". Na sua biblioteca encontrarias já gastos do uso e da preferência os livros "Vem, sê a minha luz", os escritos privados da «Santa de Calcutá» de Madre Teresa de Calcutá e "O Principezinho" de Antoine de Saint-Exupéry.

Como passatempos tem o cenário ideal de um pôr-do-sol, amigos e uma cerveja. Tenta sempre não deixar esquecido"ser gentil, pois todas as pessoas que encontramos estão a travar a sua própria batalha" e que "não somos super-heróis mas sim humanos", uma frase dita por uma amiga muito sábia, diz ele.

Nasceu com o talento da empatia e o defeito de "ser insaciável em termos de objetivos para a vida. Quero fazer tudo ao mesmo tempo e para ontem! Surgem todos dias novas oportunidades e desafios que quero abraçar e é tão difícil de selecionar as nossas prioridades e gerir tudo". Eu sei Sebastião, também partilho desse "defeito", mas acho que não é mau, requer só trabalho extra na gestão de feitio.

Outra grande característica é o bom humor e em particular o que tem em relação à sua surdez, "sempre que posso, brinco com o facto de ser surdo! A deficiência não define uma pessoa, não deve ser associada a uma coisa má". Sobre este seu ponto o melhor é lermos da fonte como é crescer com surdez e como isso traçou o seu caminho:

"A surdez é e será sempre o marco que mais teve e ainda tem impacto em mim. Digo isto porque foi e é através da surdez que aprendi e continuo a aprendo muitas das lições adquiridas ao longo da minha vida.

A maior lição que retirei da surdez foi a de nunca desistir, por mais difícil que fosse a luta. Cheguei muitas noites à cama, desmoralizado e frustrado. Porque é que isto acontecia? Chegava à escola e era sempre difícil de acompanhar as aulas, perceber as matérias. Tinha de chegar a casa todas as noites e estudar os manuais, de uma ponta à outra. Na faculdade, a mesma coisa. O que me difere dos outros? Acordar sempre com novas forças e acreditar que o dia será diferente, para melhor!

Outra lição que a surdez me deu foi a de aceitar que temos uma condição que nos limita em algumas vivências. E por conseguinte, ao aceitar uma limitação faz-nos perceber que, na verdade, somos capazes de tudo. Porque assim podemos saber até onde podemos ir.

Foi, também, devido à surdez que percebi que deveria encarar esta como um dom, uma oportunidade para ajudar outros que tenham a mesma (in)capacidade que a minha... Sou da opinião de que devemos usar a nossa experiência para melhorar a experiência dos outros.

Cheguei a ficar doente quase um ano inteiro com idas constantes aos hospitais, fui operado mais duas vezes, fiquei internado 3 vezes (sendo que a última vez obrigou-me a ficar um mês no hospital), tive que lutar contra uma bactéria hospitalar agressiva, estando em risco de não sobreviver e fui obrigado a pôr em standby a minha vida toda (académica, pois estava no último ano do mestrado, prestes a começar a tese, e profissional onde iria começar um estágio como psicólogo pela primeira vez). Foi um ano muito difícil em termos emocionais pois era uma pessoa com uma vida social muito ativa, com a faculdade por acabar, um estágio a começar e mais projetos de voluntariado em que me encontrava envolvido na altura.

Era uma pessoa que era capaz de sair de casa às 7h30 e só chegar a casa pelas 23h. Sempre ocupado! Devido à minha situação médica, fui bruscamente obrigado a ficar de repouso, de cama! Ao início, foi um pesadelo. Depois percebi que foi a melhor coisa que me aconteceu! Porque com demasiado tempo livre e com risco de não sobreviver, pus-me a fazer uma verdadeira introspeção sobre o que andava a fazer com a minha vida.

Compreendi que não estava ser verdadeiro comigo próprio, que não estava a fazer o que mais queria. Por exemplo, desde os 18 anos que queria fazer voluntariado internacional (era dos maiores sonhos que tinha) e já tinha quase 24 anos e ainda não tinha feito. Quando fiquei mesmo bem do quadro clínico, prometi a mim mesmo que não podia adiar mais o meu sonho! Candidatei-me logo à WACT e foi aí que comecei realmente a não me conformar e a enfrentar o medo, realizando os meus sonhos. Portanto, uma situação que foi das piores coisas que me aconteceu, foi também a melhor coisa que me aconteceu!

Olho para trás e ainda bem que me aconteceu. Porque foi devido à situação que ganhei coragem para mudar a minha vida e ir atrás daquilo que quero alcançar, que quero para a minha vida. Podia ter ficado de braços cruzados mas não, percebi que aquela situação aconteceu por uma razão e decidi transformar uma situação negativa numa oportunidade para mudar o que acreditava que não estava bem na minha vida.

Todo o percurso que surgiu à complicada situação, percebi que a minha vida só ganha sentido/significado (adquire um propósito) se estiver a contribuir para melhorar, directa ou indirectamente, a qualidade de vida de outrem. É neste sentido que me considero um changemaker, ou melhor, um agente de mudança. Quero que em tudo o que eu faço tenha um impacto positivo nos outros. Acima de tudo, quero ser útil ao mundo! Ter o meu papel no mundo. Acredito que estamos neste mundo para servir os outros. Não é tarefa fácil mas não é impossível se realmente tentarmos!

Segundo a minha experiência pessoal e profissional, e como já dizia Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo. Esta frase não poderia ser mais verdade! Se queremos que as coisas mudem, temos de usar a educação como ferramenta!

Ao fazer o voluntariado pela WACT em São Tomé rapidamente me apercebi o que queria fazer a seguir! A minha intuição disse-me que deveria voltar a São Tomé o mais rápido possível e tentar ajudar os surdos. Voltei a Portugal depois de acabar o voluntariado e decidi voltar a São Tomé ao fim de um mês e meio. Pus na cabeça que ia viver em São Tomé durante um ano para desenvolver um projeto que visou apoiar a associação de surdos de São Tomé e Príncipe que se encontrava com grandes dificuldades na educação de surdos e na sensibilização da sociedade para a inclusão deste grupo-alvo. Elaborei um projeto, preparei as malas e pedi financinamentos e voltei a São Tomé. Acabei por ficar lá quase 2 anos!

A experiência de São Tomé foi outro dos grandes marcos que tive na minha vida! A minha perspetiva do mundo mudou totalmente. Fui obrigado a crescer muito rápido para me ver adaptado a uma sociedade em vias de desenvolvimento, cultura e modo de vida santomense. Um país a 5 horas de avião mas tão diferente em tudo. Sempre que viajava para São Tomé, parecia que retrocedia uns quantos anos. Mostrava-se atrasado em muitas áreas tais como educação e saúde. Devido à minha morada em São Tomé, fui equipado com inúmeras soft skills que me serão fundamentais para o resto da vida! Nunca tinha vivido fora de casa, nem em Erasmus. E era a minha segunda experiência profissional a sério, tendo concluído o mestrado apenas 7 meses atrás pelo que tinha pouca prática profissional. Foi um inicio em vários sentidos mas que me tornaram mais resiliente, mais confiante e mais capacitado no que toca à resolução de problemas e de pensamento crítico devido a várias decisões e problemas que enfrentei ao longo de quase 2 anos em São Tomé."

Na versão Sebastião profissional vais encontrar muitos factos igualmente bons:

"É psicólogo formado pelo ISPA e desde 2013 que se dedica à intervenção escolar com crianças e jovens surdos, tendo iniciado o seu percurso profissional na Casa Pia – CED Jacob Rodrigues Pereira no ano letivo de 2014/2015.

Em 2016, especializou-se em psicologia da educação, nomeadamente em educação de surdos, com a criação de um programa de intervenção capaz de promover a linguagem escrita em crianças surdas no Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos.

Em 2017, certificou-se em empreendedorismo e intervenção social ao desenvolver um projeto social na área de educação de surdos, no seio da formação Spirit proporcionada pela ONGD WACT. Foi assim que nasceu o Bámu Dá Mon (Vamos dar as mãos) que visa combater a exclusão social da pessoa surda através de atividades promotoras de uma cultura inclusiva em São Tomé e Príncipe.

Desde 2017 e até abril de 2019 encontrou-se em São Tomé a implementar o Bámu Dá Mon em parceria com a Associação de Surdos de São Tomé e Príncipe, desempenhando atividades de formação e sensibilização do corpo docente, desenvolvimento de competências socioemocionais e para a Vida nos jovens surdos assim como o acompanhamento dos familiares de pessoas surdas.

Com o apoio do Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF), e em parceria com a UNICEF São Tomé e Príncipe, coordenou um projeto de Educação Inclusiva Não Formal para Surdos – uma segunda etapa do Projeto Sem Barreiras, onde elaborou o Manual de Português para Surdos de São Tomé e Príncipe em colaboração com a Professora Doutora Ana Mineiro. Realizou ainda uma formação para professores com impacto nacional.

Em abril de 2019, voltou ao seu país de origem onde irá dedicar-se ao doutoramento na área de educação para surdos e simultaneamente continuará com o projeto em São Tomé. Mas isto não lhe chega, está atualmente à procura de novos desafios de cariz social em Portugal!"

O que ficou por contar é que para além do doutoramento o Sebastião está a trabalhar num projeto de investigação na Universidade Católica Portuguesa "que procura estudar, pela primeira vez em Portugal, a linguística da Língua Gestual Portuguesa"! Trata-se de um passo fundamental na compreensão da estrutura da língua gestual portuguesa" para que posteriormente se possa melhorar a educação de surdos, entre outros fins.

👏👏👏

Espreita a galeria de fotos e a descrição de cada uma, é mais um bocadinho do Sebastião para nós.

 

-Lições de vida na primeira pessoa-

-do Sebastião para nós-

1. Transformar acontecimentos difíceis em oportunidades para evoluir – já referido anteriormente, o exemplo do implante ou usar a surdez em meu favor.

2. É possível ser feliz com tão pouco – viver em são tome mostrou-me que não precisamos de muitos bens materiais para sermos realmente felizes. Parece que todos sabemos disso mas não o interiorizamos. Eu finalmente compreendi que de facto conseguimos viver com tão pouco e ficarmos felizes com coisas que nos pareciam serem tão insignificantes. Por exemplo, comecei a dar mais valor ao tempo que passava na praia. Se pensarmos bem, dar mergulhos no mar, sentir o sal na cara ou mesmo apanhar sol na pele são sensações incríveis e capazes de renovar toda a nossa energia. Isto vale muito mais do que ficarmos em casa a ver séries no computador, por exemplo.

3. Falhar/Errar ensina-nos muito mais – De acordo com as minha vivências, é a errar que conseguimos alcançar o sucesso. Na verdade, a forma como encaramos o erro/falhanço mostra como/quem somos enquanto pessoas! As aprendizagens que ficam, que são interiorizadas, são sempre aquelas que mais nos custaram a conseguir. Saber reconhecer que errámos mostra que somos pessoas dispostas a crescer, a evoluir para melhor. Demonstra que estamos dispostos a arriscar e que estamos conscientes que podemos recomeçar sempre que correr mal. Até porque é o erro que nos permitirá encontrar a solução para o que quer que seja. Já dizia o Carl Jung “Erros são, no final das contas, fundamentos da verdade. Se um homem não sabe o que uma coisa é, já é um avanço do conhecimento saber o que ela não é”.

A inclusão social é um conceito muito complexo, ainda mais em países como São Tomé, e para trabalhá-la tive que experimentar várias estratégias e metodologias para encontrar a melhor forma de promover a inclusão. O mesmo aconteceu com os professores com quem trabalhava todos os dias que não colaboravam comigo. Nunca, na minha vida, tive de tentar várias abordagens de comunicação, de liderança, de cooperação ou mesmo da minha forma de trabalhar para conseguir que eles colaborassem. Falhei tantas vezes que já perdi a conta. Estive para desistir inúmeras vezes mas no final encontrei uma forma de trabalhar com eles que se revelou eficaz! Se não tivesse tentado, nunca teria descoberto a melhor forma de os ajudar.

4. Na maioria das vezes, basta estarmos e sermos presentes para os outros. Ouvir e mostrar empatia pode mudar muita coisa ou mesmo ser tudo o que o outro precisa de nós – Nos últimos quase dois anos, estive a realizar um projeto social que procurava contribuir para uma maior inclusão dos santomenses surdos através da melhoria do processo de ensino-aprendizagem de surdos no Centro de Educação para Surdos existente na Cidade de São Tomé. Como metas, defini objetivos exequíveis mas desafiantes: optimizar a educação de surdos, elaborar um manual de português para surdos, formar os professores, desenvolver atividades inclusivas com pequenos grupos de surdos, etc. Naturalmente que tive muitas frustrações, obstáculos e pensei inúmeras vezes que não estava a conseguir ajudá-los nem a contribuir para um maior bem-estar das pessoas surdas.

Também por diversas vezes que acreditei que não estava a fazer um bom trabalho ou que andava a ser inútil. Pensei em muita ocasiões que o que andava a fazer não iria mudar nada, ficando tudo na mesma. Apeteceu-me desistir muitas vezes por achar que como não estava perto de atingir os objetivos ou pensar que nem iria conseguir cumprir os objetivos por mim propostos. Bem, como estava tão enganado a este respeito... Ao partilhar as minhas frustrações, dificuldades, etc., com outras pessoas que passavam por situações semelhantes, começaram a referir que o importante está nas pequenas coisas. Na altura, quando me disseram isto desvalorizei porque não me fez sentido. Entretanto, e ao longo do tempo, aprendi que de facto a grandeza encontra-se nas pequenas coisas!

Comecei a reparar que os miúdos surdos com quem trabalhava diariamente estavam muito mais felizes, mais satisfeitos, gostavam muito de mim. E eu não percebia o porquê de estarem assim se eu acreditava que não fiz assim tanto para melhorar a qualidade de vida deles. A nível macro, obviamente que não estava a ter o impacto desejado…Mas foi justamente a nível micro que percebi que estava a ter um impacto bastante significativo naqueles miúdos! Eles estavam felizes porque tinham alguém que acreditava neles, alguém que se importava com eles, alguém que comunicava com eles em língua gestual, sem haver barreiras, alguém que se preocupava com eles, alguém que olhava para eles como sendo iguais aos outros, alguém que os valorizava, alguém que estava sempre presente quando precisavam de ajuda.

Os surdos de São Tomé não têm estas demonstrações afetivas em casa e na sociedade em geral, que por sua vez, os excluía. Esta descoberta tornou-se óbvia quando montei uma exposição de fotografias em São Tomé cujo tema era “Surdez: devemos ouvir para sermos iguais?”. As fotografias retratavam as atividades e o dia-a-dia dos surdos santomenses que revelavam que eles eram iguais aos ouvintes! Que merecem ser reconhecidos como participantes ativos da sociedade. No dia da exposição, levei todos os surdos da escola a visitar a mesma. A cara deles foi o meu ponto alto de todo o projeto. Porquê? Porque eles estavam incrédulos e a tentar perceber porque é que estavam eles nas fotografias, vieram-me perguntar quando é que tinha tirado as fotografias, perguntaram-me o porquê de ter tirado fotografias a eles e não a outros, enfim estavam comovidos porque sentiram-se que eram alguém importante só porque apareciam nas fotografias! Foi aqui que finalmente aprendi que muitas vezes basta oferecermos o nosso tempo e estar presente para eles. Foi talvez a maior lição que retirei desta minha experiência… E quem a retrata tão bem é a Madre Teresa de Calcutá.

5.Saber pedir ajuda, aceitar ajuda. Esta lição foi aprendida com grande dificuldade… na verdade, foi quase imposta, aprendida a mal. Foi uma lição com qual me confrontei durante anos a fio até perceber que é uma lição que nos transforma. Devido à minha surdez, eu tinha de pedir muitas vezes ajuda aos meus familiares, amigos, desconhecidos. Para perceber uma conversa entre amigos, para acompanhar as aulas pois não ouvia quase nada que o professor dizia, para comunicar com os outros porque muitas vezes não me compreendiam ou eu não os compreendia e tinha de pedir a um terceiro elemento para servir de ponte, quando tinha dificuldades no estudo… Odiava ter que pedir ajuda e encarava o pedido de ajuda como um sinal de fraqueza. Dependi muitas vezes dos outros que só queria mostrar que consigo fazer tudo sozinho, que sou autónomo e independente. Mas aconteceu exatamente o oposto, piorei as coisas em vez de melhorá-las. Contudo, saber pedir ajuda é um grande ato de humildade, de força. É aceitar que não somos super-heróis nem perfeitos mas somos humanos. Estranhamente, e depois de interiorizar que pedir ajuda não é ser fraco, descobri que pedir ajuda faz-nos aproximar muito mais das pessoas. Porque ao expormos a nossa vulnerabilidade, estamos a abrir-nos ao outro. É uma sensação, que se for bem experienciada, enorme de bem-estar pessoal. Foi uma lição fundamental pois quero dedicar a minha vida a ajudar o próximo mas no fundo era algum hipócrita pois se eu não queria pedir ajudar como é que posso mostrar que aceitar ajuda não é um sinal de fraqueza?

 


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Boas Aventuras,

Solo Adventurers Joana & Sebastião

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