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Descobri o que gostava de fazer para o resto da minha vida. E agora?


Hoje conto-te parte da minha história que se toca com parte de muitas histórias de changemakers (i.e. agentes de mudança). Esta inicia e continua na portuguesa organização não governamental para o desenvolvimento WACT - We Are Changing Together.

Em 2015, um ano depois de regressar da minha primeira missão para São Tomé escrevi isto:

Dei por mim feliz numa aventura daquelas que nos mudam a vida, abrem os olhos e nos trocam as voltas.

Há precisamente um ano atrás (2014) eu aterrava na terra que viria ser minha por 1 mês e meio fisicamente, mas para sempre ao nível do coração e mental: São Tomé e Príncipe.

Tenho a dizer-te que durante os 6 meses antecedentes a esse tinha dado o meu melhor na construção de um sonho original de empreendedorismo social, numa área diferente da minha e com um público diferente ao que estava habituada a lidar. Com duas pessoas fantásticas na equipa fui construindo um projecto para crianças com e sem necessidades educativas em 3 comunidades no interior da ilha.

Agora tu dizes: mais uma daquelas sonhadoras, meio ingénuas com a mania de querer mudar o mundo, a achar que a vida é fácil e isto basta querer... Hm, obrigada. Também já pensei nisso, mas não. Acredito na mudança, nas capacidades (boas ou más) das pessoas e acredito que mudar o mundo faz-se tocando num pouco do mundo dos outros - mesmos naqueles mundos completamente diferentes do nosso.

Sou uma sonhadora mas praticante. Daquelas que sabem que o trabalho tem de ser feito e que mesmo por vezes sem disposição o que tem de ser tem muita força.

O que me fez escrever a frase que intitula este texto foi o percurso, não só deste voluntariado porque não foi o primeiro, mas sim de tudo o que já fiz até a este momento na minha tenra vida e que culmina agora na introspecção do que esse conjunto de oportunidades me proporcionou.

Uma pessoa caminha querendo encontrar nem que seja debaixo de uma pedra o sentido da vida, e foi sobre esse mesmo pensamento que me debrucei. Não, não o descobri... mas na humildade da minha descoberta vi que um dos sentidos, mesmo que não seja o final, terá que passar pela área da cooperação e desenvolvimento.

Ufa!- suspiro dizendo que sabe tão bem quando achamos que encontrámos um objectivo fixo no qual nos podemos concentrar e delinear a táctica da vida. Isto porque conseguindo visualizar a meta, a trajectória até lá torna-se mais desafiante e inspiradora. Agora é trabalhar, trabalhar e trabalhar...pela minha e nossa mudança!

Para os que gostavam de ficar a conhecer um pouco mais do projeto que me levou até à ilha:


Mas 5 anos passaram e muito aconteceu na minha vida, contudo houve sempre um elemento que se tem mantido, a WACT. Relendo as minhas palavras vejo que o que essa Joana de 22 anos dizia parece que maturou no que esta Joana de 27 acredita.

Desde 2014 que continuei a vestir a camisola da WACT. Fui coordenadora de projetos do programa Spirit, fiz mentoria de projetos de empreendedores sociais na Incubação, coordenei voluntários e representei a organização novamente em São Tomé no ano de 2016. Desde esse ano que estou na direção desta ONGD e 2019 é o último de mandato, mas certamente não de aventuras na WACT e no mundo do Terceiro Setor.

Enquanto não vos conto mais nada do que ainda aí vem convido-vos a explorarem os vários projetos em Portugal e em São Tomé e Príncipe desta organização e quem sabe a tornarem-se como eu numa voluntária que veste a camisola!

Boas Aventuras,

Solo Adventurer Joana

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