Muitas vezes, deixamos que a existência ilusória de um “longo caminho pela frente” nos desmotive e nos faça hesitar perante a conquista dos nossos objetivos. Vemo-nos constantemente a adiar, a esperar por um amanhã incerto, até que se proporcionem determinadas circunstâncias, ora demasiado específicas, ora demasiado distantes.
Contudo, este que parece ser um caminho assustadoramente longo pode, na verdade, ser simplificado. Tudo está nas nossas mãos. E o poder de simplificar parece não ser lembrado tantas vezes como seria desejável.
Bem se sabe que vivemos numa sociedade que quer fazer, aprender, experienciar, tudo em simultâneo, (para ontem!).. qualquer passo mal dado parece deixar-nos em atraso perante o ritmo ofegante da vida. Mas simplificar é uma ferramenta que está ao alcance de todos.
Importa visualizarmo-nos na nossa individualidade, enquanto seres únicos e irrepetíveis, que caminham a ritmos distintos, e são dotados de convicções e propósitos próprios.
Simplificar é saber pausar, ainda que o mundo corra. É saber respeitar o nosso próprio ritmo, sem que se caia na armadilha da comparação. Sendo que cada um de nós se conhece a si próprio melhor que ninguém, compararmo-nos é quase como que uma desvalorização daquilo que de mais autêntico temos.
O que pode parecer-nos tão óbvio, tantas vezes nos escapa e cai no esquecimento. Relembrarmo-nos, diariamente, que é necessário simplificar, é um exercício tão simples quanto necessário para que possamos evoluir.
Encontramo-nos no próximo nível?
Beatriz Bernardo
