Começar, proveniente do latim “cominitiare”, significa dar início, principiar algo novo.
Já o recomeçar, tem que ver com o ato de fazer novamente alguma coisa. Assim, recomeçar pauta-se pelo seu caráter repetitivo. É evidente que temos a possibilidade de recomeçar o que quer que seja, quando e como bem entendemos. Mas é um facto que acabamos sempre por recomeçar algo que já estava previamente iniciado, o que faz com que, efetivamente, não criemos nada de novo.
Mas a necessidade de mudança acaba por nos bater à porta, principalmente quando temos a oportunidade de começar algo novo, seja um relacionamento, um emprego, um período letivo ou até mesmo um ano civil. Por isso, diria que os típicos meses que remetem para começos são Janeiro e Setembro. Mas cingir-nos a eles, por mais tentador seja, não deve ser regra. A mudança está ao alcance de cada um de nós, quase de forma omnipresente.
Nunca é tarde para recomeçar um hobby antigo, voltar ao livro que não terminámos de ler, colocar a conversa em dia com o amigo que já não vemos há algum tempo. Tal como não é tarde para mudar a nossa rotina, arranjar um novo emprego que nos torne mais realizados e colocar em prática tudo aquilo que vamos adiando, convencendo-nos que não é a altura certa ou que devemos deixar para depois. Esperar por um ano novo, seja ele civil ou letivo, é só mais uma das barreiras que criamos para não encarar a mudança com convicção.
Soltemo-nos de empasses: é possível começar a fazer dieta a meio do mês, é possível sermos mais ambiciosos e alcançar os nossos objetivos antes da meia noite do dia 31 de dezembro. Não temos uma segunda vida, a mudança é agora.
Vemo-nos no próximo nível?
Beatriz Bernardo
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