Em pleno século XXI, estamos inseridos numa sociedade em que se valoriza a produtividade como imperativo, em que o fazer mais e melhor, muitas vezes, se sobrepõe às necessidades pessoais de cada um de nós. Infelizmente, é cada vez mais comum sermos diretamente afetados pelas consequências do sistema económico e político em vigor, já que extravasam para o nosso estilo de vida.
Quantas vezes achámos que o nosso valor e autoestima dependiam da nossa produtividade?
Quantas vezes negligenciámos a própria saúde e bem-estar em função do trabalho?
Quantas vezes nos sentimos culpados por tirar tempo para descansar?
Vale a pena refletir sobre estas questões e todas as outras que se possam desencadear, bem como a sua origem. Uma breve pesquisa em torno dos conceitos de capitalismo internalizado e produtividade tóxica vai permitir-nos entender como tudo está associado.
Contudo, importa perceber que ninguém é produtivo o tempo todo, isso não passa de uma ideia irrealista que nos tentam impingir. Ter tempo para o autocuidado e descanso não é, nem pode ser visto como um luxo. Ver uma série, ler um livro, fazer uma sesta, não deviam despoletar sentimentos de culpa. Não somos máquinas, não devemos comportar-nos como tal. Enquanto seres humanos, a nossa energia e predisposição alteram-se, não é natural forçar estes indicadores.
Vemo-nos no próximo nível?
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